Como vocês viram (acho que viram) no meu Instagram, lancei um Workshop onde ensino um pouco mais sobre o gênero literário: Conto. Para isso li muitos ensaios e livros teóricos sobre essa narrativa em prosa curta. O que eu descobri é que o Conto teve muitas formas ao longo dos séculos e sua origem histórica é semelhante a das poesias egípcias.
Antes da escrita veio a oralidade!
As estórias eram passadas de geração em geração através da fala, por isso o conto está intimamente ligado aos ritos, religiões e mitologias. Sabemos que a poesia deu conta de trazer até nós os grandes épicos gregos, mas, sabemos pouco sobre os contos do passado. Isso muda quando os irmãos Grimm entram em cena e reescrevem fábulas antigas contadas para crianças. Essas estórias são reproduzidas até os dias de hoje e marcaram o século XIX.
O conto mudou muito desde a ascensão dos irmãos Grimm, uma outra personalidade entrou em cena criando o formato de conto que utilizamos até os dias de hoje: Edgar Allan Poe. Sendo contemporâneo dos irmãos Grimm, Poe gostava de escrever histórias misteriosas, onde o suspense e a tensão eram a regra. O mundo vivia os ideias românticos e um novo tipo de literatura se popularizou: o romance. Allan Poe foi contra a maré e se dedicou a contar histórias escabrosas: contos de suspense, terror, policial. Cito alguns que vocês precisam ler: O Mistério de Marie Rogêt, Os Assassinatos da Rua Morgue e O barril de amontillado. (Leiam e se inspirem para escrever o exercício da semana)
O conto como Poe escreveu é a base do nosso conto moderno.
Pelo menos, é o que acredita escritores como Cortázar.