Ser rejeitada dói e sinto muito que isso aconteceu, Ana. Meu lado racional quer escrever palavras bonitas e te parabenizar por compartilhar seus sentimentos com a gente. Meu lado emocional quer gritar: eles que estão perdendo.
oi ana! por coincidencia, fui rejeitada na parceria de recebimentos de livros. sei que é diferente, mas dei uma chorada por um bom tempo pensando na qualidade do que eu trabalhava. eu não tinha escapatória: ou falava 90% do tempo o quanto tinha me machucado, ou simplesmente aceitava e seguia trabalhando, porque o tempo segue correndo, outras editoras iriam abrir e tava chegando livro pra resenhar igualmente. a vida estagna a partir do não, é aí que a gente decide o que fazer. a bola do vôlei chega na gente na queimada e a escolha deixa nublada.
Olá, Ana! Eu fui rejeitada pela Companhia umas três vezes antes de me publicarem. Uma rejeição não significa que não te querem, significa apenas que não te querem agora (e os motivos podem ser inúmeros, desde uma pressão por histórias de diferentes backgrounds a uma falta de editores para trabalhar no seu material especificamente). Não desista, é assim mesmo
Gente, vcs ainda conseguiram que eles lessem vcs, eu nem sei como conseguir isso, n tenho contato nenhum, se um dia eu conseguir pelo menos ser significativa pra ser lida pela Companhia acho a já vou ficar feliz. Me acho tão Maria Ninguém pra isso
Ana, como não se identificar com seu texto? Vou te falar o que tem funcionado muito bem para mim: sabe essa criança sentada no fundo da quadra, deixada de lado pelos colegas? Acolhe ela. Dá um abraço bem apertado. É infalível. ♥️
Na verdade, isso é uma conquista, ser rejeitada assim com a editora te respondendo, eu não consigo ser rejeitado nem por editora pequena, porque com a rejeição pelo menos você existe pra editora, agora quando nem respondem nada, só te ignoram, aí sim é complicado. Mas você pode dizer pelo menos fui rejeitada pela Companhia, imprimir o e-mail de rejeição, fazer um quadro, pendurar perto do computador e olhar pra ele toda vez que estiver melhorando seu livro. E já era, a rejeição pelo menos te dá algo concreto com que seguir.
Olha, eu cansei de avaliar proposta que não dialogava com a linha curatorial que eu trabalhava e declinava uma a uma. Tinha gente que virava e “mas como assim não te interessa minha proposta?”. Não interessava, era uma pena, assim como muitas outras interessavam. Tudo é questão de você encontrar onde seu texto faça sentido. Às vezes, achar que a Cia das Letras irá te publicar um dia só serve pra alimentar uma insatisfação que nunca se resolverá; de repente, você escreve para outro perfil de editora, e está tudo bem assim. A gente se conhecer e entender que caminho escolhemos é um lugar de tranquilidade nessa vida caótica. Boa sorte!
Pois claro, nunca tentei ser publicada. Ser rejeitada significa que foi buscar o que deseja. Parabéns por isso. Na lógica invertida das coisas, ser rejeitada é bem melhor que não ser. 🙂
Esse trecho em que todo mundo sonha com uma editora grande me pega muito e meu deu gatilho hahaha pq eu tô tentando superar esse desejo na terapia. Quando comecei a escrever eu nem me imaginava me chamando de escritora, muito menos publicando um livro. Comecei a escrever com 14, fui publicar meu primeiro livro com 30 e foi de forma independente, depois disso começou o bichinho da comparação e da "ambição" aparecer. Me pergunto se pra querer ser escritora a gente tem que desejar isso mesmo, quando que a gente naturalizou que precisa chegar nesse lugar, quando a gente definiu tão rigidamente que estar na Companhia já é ser bom? Eu acredito que tem muita gente tão boa quanto quem tá lá que nunca vai estar lá. E aí o que acontece? Os não escolhidos nunca vão poder se achar bons se não tiver "esses lugares" de status? jabuti, prêmio são Paulo, Cia das letras, etc? Quando eu comecei a perceber que o tempo tava passando e eu n seria uma das escolhidas da vida pra ter sucesso tive que aprender a olhar pra minha vida pequena, invisível, insignificante, com carinho, amor e orgulho, por que se não o que resta? Morrer? Já vinha de uma série de rejeições no Teatro, pq sonhava com a Globo. Aí quando assumi minha escrita parece que só foi uma transferência, a Globo era o Jabuti ou a Companhia. Meu grande desafio agora é em continuar escrevendo, criando mesmo que esses atestados de qualidade que as pessoas dizem nunca cheguem a mim. A companhia nunca vai olhar pra mim, sei tb que n ganharei o Jabuti nem vou vitalizar, ser best seller, minha newsletter não vai chegar nem a 1k de inscritos, n terei esse tipo de sucesso, mas tem um ou outro leitor que aparece dizendo ser meu fã, gostando dos meus livros, e preciso valorizar quem me lê, quem tá aqui. Porque não quero passar a vida em frustração.
Oi! Ler a tua história me fez pensar um bocado na minha, principalmente nessa parte de não ser escolhida. Já fui muito receosa nesse sentido, já me arrisquei, já recebi uns nãos... assim como você, estou retrabalhando em histórias. Uma hora, o resultado desejado há de vir. :)
Ana, deixa eu fazer uma pergunta ingênua aqui: se você sabia que o livro não estava pronto, por que você mandou pra avaliação? Ainda mais na Companhia, esse Olimpo das editoras? Sei lá, eu sofro com perfeccionismo, o que também não é bom, mas só deixei alguém ler meu primeiro livro no dia em que, ao terminar a última leitura da V46, eu parei e disse pra mim mesmo: agora sim, tenho um troço apresentável pra mostrar. E mesmo assim foi difícil conseguir sequer que as editoras lessem o original.
Que bom que você compartilhou com a gente, Ana! E toda a generosidade dos seus textos, sempre 💜
Obrigada pelo comentário, fui completamente honesta sobre meus sentimentos. O mais difícil é ser vulnerável 🥺
Ser rejeitada dói e sinto muito que isso aconteceu, Ana. Meu lado racional quer escrever palavras bonitas e te parabenizar por compartilhar seus sentimentos com a gente. Meu lado emocional quer gritar: eles que estão perdendo.
Escolho o emocional.
Obrigada pelas palavras! Acho importante falar sobre os fracassos também, é importante 🥵
oi ana! por coincidencia, fui rejeitada na parceria de recebimentos de livros. sei que é diferente, mas dei uma chorada por um bom tempo pensando na qualidade do que eu trabalhava. eu não tinha escapatória: ou falava 90% do tempo o quanto tinha me machucado, ou simplesmente aceitava e seguia trabalhando, porque o tempo segue correndo, outras editoras iriam abrir e tava chegando livro pra resenhar igualmente. a vida estagna a partir do não, é aí que a gente decide o que fazer. a bola do vôlei chega na gente na queimada e a escolha deixa nublada.
Continuamos 💖
Olá, Ana! Eu fui rejeitada pela Companhia umas três vezes antes de me publicarem. Uma rejeição não significa que não te querem, significa apenas que não te querem agora (e os motivos podem ser inúmeros, desde uma pressão por histórias de diferentes backgrounds a uma falta de editores para trabalhar no seu material especificamente). Não desista, é assim mesmo
Obrigada pelo carinho 💖
Gente, vcs ainda conseguiram que eles lessem vcs, eu nem sei como conseguir isso, n tenho contato nenhum, se um dia eu conseguir pelo menos ser significativa pra ser lida pela Companhia acho a já vou ficar feliz. Me acho tão Maria Ninguém pra isso
A mensagem que fica é sempre essa: continuar. Nem sempre é fácil, mas seguir é o melhor que fazemos. Obrigada pela partilha
Exato 💖
Ana, como não se identificar com seu texto? Vou te falar o que tem funcionado muito bem para mim: sabe essa criança sentada no fundo da quadra, deixada de lado pelos colegas? Acolhe ela. Dá um abraço bem apertado. É infalível. ♥️
A criança cria nesses momentos! Obrigada pelo carinho 💖
Na verdade, isso é uma conquista, ser rejeitada assim com a editora te respondendo, eu não consigo ser rejeitado nem por editora pequena, porque com a rejeição pelo menos você existe pra editora, agora quando nem respondem nada, só te ignoram, aí sim é complicado. Mas você pode dizer pelo menos fui rejeitada pela Companhia, imprimir o e-mail de rejeição, fazer um quadro, pendurar perto do computador e olhar pra ele toda vez que estiver melhorando seu livro. E já era, a rejeição pelo menos te dá algo concreto com que seguir.
Eu salvei o e-mail 😂😂😂😂
Eu nem me arrisco a enviar nada para essas Editoras grandonas e famosonas que só buscam os célebres e famosinhos do momento.
Mas tem que arriscar!!!!
Também já fui rejeitada pela Companhia. Acho que é um evento canônico na carreira dos escritores brasileiros 😅
Achei eles até simpáticos, pois diferente da maioria das editoras, enviaram um e-mail comunicando a decisão.
Sigamos! Quem sabe um dia. E se não publicarmos por lá, publicaremos de outras formas.
Hahahhahaha todos já passaram por isso 🥵
Olha, eu cansei de avaliar proposta que não dialogava com a linha curatorial que eu trabalhava e declinava uma a uma. Tinha gente que virava e “mas como assim não te interessa minha proposta?”. Não interessava, era uma pena, assim como muitas outras interessavam. Tudo é questão de você encontrar onde seu texto faça sentido. Às vezes, achar que a Cia das Letras irá te publicar um dia só serve pra alimentar uma insatisfação que nunca se resolverá; de repente, você escreve para outro perfil de editora, e está tudo bem assim. A gente se conhecer e entender que caminho escolhemos é um lugar de tranquilidade nessa vida caótica. Boa sorte!
Eu nunca fui rejeitada por nenhuma editora!
Pois claro, nunca tentei ser publicada. Ser rejeitada significa que foi buscar o que deseja. Parabéns por isso. Na lógica invertida das coisas, ser rejeitada é bem melhor que não ser. 🙂
Esse trecho em que todo mundo sonha com uma editora grande me pega muito e meu deu gatilho hahaha pq eu tô tentando superar esse desejo na terapia. Quando comecei a escrever eu nem me imaginava me chamando de escritora, muito menos publicando um livro. Comecei a escrever com 14, fui publicar meu primeiro livro com 30 e foi de forma independente, depois disso começou o bichinho da comparação e da "ambição" aparecer. Me pergunto se pra querer ser escritora a gente tem que desejar isso mesmo, quando que a gente naturalizou que precisa chegar nesse lugar, quando a gente definiu tão rigidamente que estar na Companhia já é ser bom? Eu acredito que tem muita gente tão boa quanto quem tá lá que nunca vai estar lá. E aí o que acontece? Os não escolhidos nunca vão poder se achar bons se não tiver "esses lugares" de status? jabuti, prêmio são Paulo, Cia das letras, etc? Quando eu comecei a perceber que o tempo tava passando e eu n seria uma das escolhidas da vida pra ter sucesso tive que aprender a olhar pra minha vida pequena, invisível, insignificante, com carinho, amor e orgulho, por que se não o que resta? Morrer? Já vinha de uma série de rejeições no Teatro, pq sonhava com a Globo. Aí quando assumi minha escrita parece que só foi uma transferência, a Globo era o Jabuti ou a Companhia. Meu grande desafio agora é em continuar escrevendo, criando mesmo que esses atestados de qualidade que as pessoas dizem nunca cheguem a mim. A companhia nunca vai olhar pra mim, sei tb que n ganharei o Jabuti nem vou vitalizar, ser best seller, minha newsletter não vai chegar nem a 1k de inscritos, n terei esse tipo de sucesso, mas tem um ou outro leitor que aparece dizendo ser meu fã, gostando dos meus livros, e preciso valorizar quem me lê, quem tá aqui. Porque não quero passar a vida em frustração.
Oi! Ler a tua história me fez pensar um bocado na minha, principalmente nessa parte de não ser escolhida. Já fui muito receosa nesse sentido, já me arrisquei, já recebi uns nãos... assim como você, estou retrabalhando em histórias. Uma hora, o resultado desejado há de vir. :)
Foi aquela chamada de 2023? É duro, mas eles ao menos te responderam. Eu até hoje não sei se fui rejeitado ou não. Nunca recebi resposta.
Ana, deixa eu fazer uma pergunta ingênua aqui: se você sabia que o livro não estava pronto, por que você mandou pra avaliação? Ainda mais na Companhia, esse Olimpo das editoras? Sei lá, eu sofro com perfeccionismo, o que também não é bom, mas só deixei alguém ler meu primeiro livro no dia em que, ao terminar a última leitura da V46, eu parei e disse pra mim mesmo: agora sim, tenho um troço apresentável pra mostrar. E mesmo assim foi difícil conseguir sequer que as editoras lessem o original.